terça-feira, 24 de julho de 2012

ARROZ: UM ALIMENTO NOBRE E SAUDÁVEL


A alimentação humana consome carboidratos, proteínas, lipídios, minerais e vitaminas. Os carboidratos potencialmente digestíveis fornecem cerca de 60% do valor calórico total ingerido diariamente pela espécie humana. Eles são indispensáveis para manter a integridade funcional do tecido nervoso e, em condições normais, são a única fonte de energia para o cérebro. Tem as finalidades de fornecer energia ao organismo, desenvolver e restaurar tecidos e manter as funções vitais.
Existe um grupo de carboidratos que, apesar de indigestíveis, exercem funções benéficas ao organismo humano. Estes compõem a maior parte da fração de fibras presente nos alimentos.
As principais fontes de carboidratos são os grãos de cereais. O arroz é um glicídio de fácil digestão, alto valor energético e índice glicêmico que se caracteriza por absorção lenta e gradual pelo organismo. O arroz é um hidrato de carbono complexo: os hidratos de carbono fornecem energia ao corpo e os "complexos" mantêm o nível de energia por períodos maiores. Na alimentação com arroz, há uma economia de proteínas, pois o corpo não usa a proteína da dieta ou das reservas para abastecer as necessidades de energia quando há um hidrato de carbono disponível.
A proteína do arroz é a mais nobre entre os cereais.A fração protéica do arroz, embora quantitativamente pequena, apresenta a melhor composição de aminoácidos para o metabolismo humano (entre os cereais). Quando metabolizado, gera menos resíduos nitrogenados, favorecendo a função renal de filtragem desses catabólitos.
A dieta do brasileiro é composta de alto nível de carboidratos. O arroz beneficiado, o feijão e a farinha de trigo são os três produtos mais consumidos pela população.
Como produto da Cesta Básica Brasileira, o arroz é responsável por 12% das proteínas e 18% das calorias da dieta básica. No Brasil, o arroz é consumido preferencialmente nas formas branco polido, parboilizado polido (25% do consumo) e integral. É um cereal muito versátil, podendo ser consumido também na forma de cereais matinais, macarrão, biscoitos, pães, snacks, farinhas, pastas, sorvetes, doces e bebidas. Do farelo extra-se o óleo (rico em gama-orizanol). Como produtos processados, o arroz pode ser encontrado na forma de pratos semiprontos, com temperos, arroz expandido, farinhas instantâneas e pellets. Na forma de enriquecido, encontram-se os vitaminados, os adicionados de cálcio, de ferro e os saborizados. O arroz complementa qualquer prato à base de carnes, é ingrediente de várias receitas e de fácil de preparo. Da casca de arroz foi isolada uma substância que é eficiente filtro solar orgânico e sem poder alergênico.
Uma dieta com o uso deste cereal pode exercer vários efeitos benéficos ao organismo humano.A água de arroz contém mucilagem, um tipo de muco que regula a flora intestinal e controla a maioria das diarréias. Esta mucilagem tem efeito terapêutico em doenças da pele, sendo o banho em água de arroz usado para debelar crises de psoríase.
Na alimentação de pessoas sadias, o arroz complementado com feijão, carne ou ovo, supre com excelência a necessidade de aminoácidos essenciais para o equilíbrio do organismo.
Há ainda algumas evidências, pendentes de comprovação científica, dos benefícios do arroz na prevenção do câncer de mama, celulite e dos sintomas da menopausa.
O ARROZ E A SAÚDE
É rico em carboidratos, a peça mais importante do quebra- cabeça nutricional.
• Tem alto valor nutricional. É importante fonte de minerais (fósforo, ferro e potássio) e vitaminas (tiamina, riboflavina e niacina).
• Auxilia na prevenção de doenças do sistema digestivo e do coração.
• Auxilia no tratamento de diabetes.
• Reduz o risco de câncer de intestino.
• Regula a flora intestinal, é anti-diarréico.
• É recomendado para alimentação de atletas. Tem médio valor calórico e lenta absorção.
• É hipoalergênico.
• Não contém glúten (é recomendado para celíacos).
• Não contém colesterol.
• É indicado na convalescença de quase todas as doenças.
• O arroz integral é rico em silício (útil na formação dos ossos, na prevenção da osteoporose e em terapia da fragilidade dos ossos).
• Combinado com feijão pode auxiliar na prevenção de câncer oral.

                          Fonte: IRGA

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Entrevista com Jeane J. Moura



 "Você não pode voltar atrás e fazer um novo começo, mas pode começar agora e fazer um novo e lindo final".
Estas são palavras da nossa querida Jeane Moura, a dona da maior rede de franquias de alimentos saudáveis do Brasil (DNA natural). Com mais de 23 lojas comercializadas, de norte a sul do país. Uma jovem empresária e empreendedora de grande sucesso no ramo alimentício.

O que primeiramente queremos saber é como tudo começou? De quem foi a iniciativa?
A DNA Natural nasceu em 2007 de um sonho. Gosto muito deste tipo de alimentação e quando procurei uma franquia deste segmento para trazer para minha cidade, descobri que tinham algumas casas de suco, mas todas informais, sem uma higiene adequada, sem um layout que chamasse a atenção numa praça de alimentação.  Busquei parceria com nutricionistas e arquitetos e montei a primeira DNA Natural no Shopping Iguatemi em Florianópolis. A segunda e a terceira unidade vieram em menos de um ano, de tão grande que foi o reconhecimento dos clientes.

Por quanto tempo você “matutou”, a idéia de fazer uma rede só de alimentos saudáveis?
Pesquisei durante dois anos, como consumidora e como estudante. Mas ainda pesquiso muito. Diariamente. Faço MBA em Franchising e sou uma consumidora crítica.

O que foi mais difícil para realização deste projeto?
Padronização. 

Há alguma diferença, entre a Jeane mulher e a Jeane empresária?
Não. Respiro DNA Natural 24 horas por dia. Sou apaixonada pela vida e pela empresa. Meu filho toma açaí desde os seis meses e todos da família buscamos viver com qualidade, filosofia da empresa.

Como chefe você é muito autoritária? Para você as coisas têm que ser como são, ou em alguns momentos você deixa o tradicionalismo de lado e sai um pouco do padrão e dá uma inovada?
 Nada autoritária. Se peco, é no excesso de liberdade que dou, pois acredito que cada pessoa pode contribuir muito com suas idéias. 

Com apenas cinco anos de existência, a DNA natural já abrange quase todo território brasileiro. Para você o que isto significa?
Que nós Brasileiros estamos indo a favor da onda em busca de qualidade de vida. Duvido que daqui alguns anos alguém promova que gordura faz bem a saúde, por isso, a tendência é irmos inclusive para fora do Brasil, nos Países em que se alimentar deixou de ser um prazer.

Sabemos que alguns clientes se tornaram e tornam-se franqueados, assim como foi o nosso caso, você acha que esse fato é de suma importância para o crescimento da empresa?
Claro! Perfil do nosso franqueado é exatamente o que é apaixonado pela Marca.

Qual o segredo para sucesso? O segredo do crescimento na área empresarial?
Muito trabalho. Respeito pelos demais e Deus no comando.

Na divulgação da sua empresa, quais ferramentas foram e ainda são utilizadas?
Utilizamos as Redes Sociais e as divulgações in loco.

Como foi feito o treinamento da primeira equipe, da primeira DNA?
Todos os Supervisores são ex funcionários das primeiras Lojas DNA Natural que se destacaram e que também são apaixonados pela marca.

Sabemos que no decorrer de todo este tempo, já houve muitas críticas. Mas qual foi a crítica mais construtiva que você recebeu? Uma que você pensou “Poxa vida, ele tem razão...”.
Nós não deveríamos ter crescido por todas as cidades do Brasil. Deveríamos ter começado na região Sul, depois da Sudeste etc. Este crescimento não contava com as diferenças de logística do Pais onde espera-se até 10 dias para receber mercadoria em Manaus, por exemplo.

O que foi priorizado na elaboração do cardápio? Você esteve presente na escolha de todos os prantos, sucos, smoothies, vitaminas e sobremesas?
Eu criei todos os pratos e sucos com a participação de nutricionistas para manter o valor nutricional. Como disse anteriormente, gosto de alimentação saudável e faço de tudo para ela ser saborosa e funcional.
                         
                                    
 De todos os pratos, qual é o seu preferido?
Wrap de Atum.

Qual dos sucos terapêuticos você mais aprecia?
Suco Terapêutico Young.

E dos smoothies qual você mais indica?
O novo, Paradise.

O que realmente lhe motivou a desenvolver uma linha de alimentos naturais?
A falta que encontrei, nas praças de alimentação de tomar um suco de laranja feito na hora.

 Muitos não sabem. Mas o que significa o slogan “DNA”?
Dicas Nutricionais de Alimentação Natural
E usamos o Slogan: MEU DNA É NATURAL  porque buscamos ser um estilo de vida.

Na escolha do nome, quantas mentes tiveram envolvidas?
Acordei com o nome na minha cabeça, um dia, às 4 da manhã.
Dicas Nutricionais de Alimentação Natural exatamente assim. 

Qual é a sua formação acadêmica?

Sou formada pela Universidade Federal de SC, em Administração de Empresas e faço MBA em Franchising na FIA.

Qual sua relação com os franqueados? Que tipo de suporte é dado a eles?
Nosso suporte é 24 horas. Temos dois escritórios, extranet e muitos parceiros. Eu trabalho hoje no desenvolvimento de parcerias e novas estratégias, mas recebo e respondo qualquer contato que o franqueado não consiga resolver com a equipe.

O que você pretende fazer para amplificar a divulgação da empresa?
Nossa Agencia de Publicidade Nacional está nos apresentando às estratégias de 2013. Após aprovação dos Franqueados estaremos nas divulgações locais com artes exclusivas.

Você tem algum outro negócio, ou é só a DNA natural?
100% DNA Natural.

E família, casamento, filhos?
Casei-me a pouco tempo e tenho um filho de 6 anos. Estou completamente feliz com meu presente.


                                                             
                                           Rapidinha:


Uma comida: WRAP DE ATUM.

Um lugar: FLORIANÓPOLIS.

Um alguém: MINHA MÃE.

Uma música: YOU'VE GOT A FRIEND.

Um (a) cantor (a): BRUNO MARS.

Um sonho: SER UM MAC DNAlS. Brincadeira quanto ao nome, mas não quanto ao tamanho.

Uma paixão: FRESCOBOL.

Fé: É O QUE ME MOVE TODOS OS DIAS.

Negócios: OCUPAM 80% DO MEU TEMPO HOJE.

Estado civil: CASADA.

Clientes: PRIMEIRA OPÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DE QUALQUER ESTRATÉGIA DA EMPRESA.

Saúde: Busco equilíbrio através da alimentação e da prevenção.

A DNA Natural do Araguaia Shopping agradece por nos conceder esta entrevista. Agora para finalizar, deixa uma mensagem para nossos leitores.
Pessoal, estou bem feliz em participar e poder passar um pouquinho de mim nestas poucas palavras.
Tenho prazer em cada prato que crio e busco espalhar saúde e sabor por todos os lados, com muito carinho, atenção e diversão.
Temos muito trabalho pela frente porque buscamos a perfeição, por isso, conto com a participação de todos.
Fiquem com Deus e saúde!
                                    
                               Entrevista feita por ArthurAraújo
                               DNA natural AraguaiaShopping
                               Goiânia - Goiás

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Goiaba reduz colesterol e ajuda no emagrecimento



Seu aroma inconfundível faz com que seja facilmente identificada, seja na feira, no varejão, no supermercado ou mesmo na rua. Encontrada em qualquer época do ano, a goiaba é uma fruta muito saudável, saborosa e versátil. Pode ser consumida ao natural ou em sucos, doces e geléias.

Originária da América Central e do Sul, a fruta possui alto valor nutritivo, pois contém grande quantidade de vitamina A, B1, C, cálcio, fósforo, ferro e fibras solúveis.

Apresenta formatos diferentes, coloração da casca verde-amarela variável conforme a maturação do fruto. A cor da polpa também varia, podendo ser branca, rosada ou vermelha e interior preenchido por sementes.

PROPRIEDADES MEDICINAIS

                                                                 

A goiaba é um fruto de alto benefício ao organismo, pois além de não conter muito açúcar, gordura e calorias, auxilia no combate a infecções e hemorragias. Também fortifica os ossos, os dentes e o músculo cardíaco, melhora a cicatrização e o aspecto da pele, retardando o envelhecimento, regula o aparelho digestivo, o sistema nervoso e dá maior resistência física. Porém, deve ser evitada por pessoas que tenham o aparelho digestivo delicado ou apresentam intestino preso.

A espécie de polpa vermelha é benéfica na redução do colesterol e da pressão sangüínea. Isso acontece porque a fruta é rica em licopeno e em fibras solúveis. Este tipo de fibra possui a capacidade de se ligar aos ácidos biliares interferindo na absorção de gorduras. Ingerir um pedaço de goiaba vermelha por dia pode reduzir consideravelmente os níveis de pressão arterial, do colesterol e triglicérides.


Achou a goiaba demais? Pois além de todas essas vantagens, a fruta ainda possui baixas calorias. Uma unidade com 100 gramas, por exemplo, tem pelo menos 57 calorias. Até o famoso Romeu & Julieta é uma opção de sobremesa mais light. A clássica combinação de goiabada (30 gramas) com uma fatia de 25 gramas de queijo prato soma apenas 171 calorias.

sábado, 23 de junho de 2012

Suco Digestivo





 

Laranja: Além de ser uma fruta cítrica e com sabor variado de doce e o leve azedo de uma fruta tipicamente ácida, a laranja é rica em minerais e vitamina C e possui uma boa quantidade de vitaminas A e do complexo B. Além disso, é uma fruta pouco calórica, em cada 100 gramas de laranja há apenas 65 kcal. Ela é rica em Cálcio o que é de suma importância para o fortalecimento dos ossos e dentes. Com uma boa quantidade de ferro o que evita a anemia. A laranja também  favorece a secreção de suco gástrico, de bile e de todos os líquidos do tubo digestivo, assim ajudando na digestão.


Abacaxi: A fruta possui uma enorme quantidade de aminoácidos, sendo eles: asparagina, glutamina, serina, histidina, glicina, treosina, alanina, arginina, tirosina, cisteína, valina, metionina, triptofano, feninalanina, isoleucina, leucina, lisina e prolina. Só a cisteína que se apresenta no abacaxi, tem ação anti-radicais livres e protege o sangue, o fígado e os rins das toxinas ambientais. Uma curiosidade bem relevante sobre esta fruta, é que o teor de vitamina C que tem no abacaxi é bem maior quando o fruto ainda está muito verde, mas mesmo assim no seu amadurecimento, a vitamina que ainda nele há é bem satisfatória. O abacaxi é rico em enzimas que funcionam como limpeza do organismo, neste caso o fruto possuí mais enzimas que outras frutas, sendo assim bem eficaz na digestão.


Maracujá: O fruto é fonte de vitaminas A, C e do complexo B e tem uma quantidade excelente de sais minerais ( ferro, cálcio, sódio e fósforo). O maracujá é uma fruta que tem propriedades naturais calmante, ele também reduz a absorção de glicose, combate o colesterol ruim, possui um vermífugo natural e tem efeitos cicatrizantes.
 
Você já imaginou a ação digestiva que tem essas três frutas juntas?
Com o poder que tem o abacaxi de limpeza no organismo, a ação que tem a laranja de favorecer a secreção do suco gástrico e a eficácia  que tem o maracujá de combater o colesterol ruim, resulta em um excelente suco Digestivo, um suco maravilhoso que é sugerido em nosso cardápio.
Além das três frutas possuírem sais minerais e obter um alto teor de vitaminas A, C e do complexo B, também ajudam na digestão e na absorção de glicose.
Agora é só experimentar e comprovar a eficácia deste suco, e se deliciar com o sabor incrível da união das três frutas.

                                           Texto escrito por: Arthur Araújo

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Fabiana ( Mama do BBB 12 ) esteve na nossa unidade aqui em Goiânia, no Araguaia Shopping

Olha só quem veio saborear nossos pratos no último dia das mães. Fabiana do último Big Brother Brasil! Ela esteve no Shopping Araguaia, onde nossa unidade é instalada, e apreciou nosso cardápio com muito esmero e logo após com muita adimiração, pela grandeza do cardápio,decediu saborear um de nossos pratos, especificamente um Wrap de Tomate seco e Rúcula e um suco terapêutico Xô TPM. E logo depois de almoçar, pediu como sobremesa um Brownie completo. Depois de satisfeita agradeceu pelo almoço maravilhoso e nos concedeu a honra de algumas fotos ao seu lado.
 






terça-feira, 19 de junho de 2012

Pinha


Características da planta
Árvore de tamanho variável, podendo atingir até 7 m de altura de acordo com a espécie. Folhas rígidas, dispostas caracteristicamente intercaladas na posição horizontal ao longo dos ramos. Flores freqüentemente carnosas, de coloração esverdeada ou branco-amarelada. Florescem ao longo de todo o ano.

Fruto

Globoso ou alongado que contém numerosas sementes presas a uma polpa branca, aquosa, mole, envolvida por uma casca de coloração amarelo-esverdeada, lisa ou recoberta por escamas carnosas. Frutificam durante quase todo o ano.

Cultivo

Propaga-se por sementes ou por garfagem. Prefere clima quente, porém com pouca chuva e estação seca bem definida. Começa a produzir 3 anos após o plantio.
A família das Anonáceas engloba uma grande variedade de frutos e. De maneira geral, as plantas dessa família caracterizam-se por apresentarem folhas simples, dispostas alternadamente em um mesmo plano, ao longo dos ramos e pela semelhança entre seus frutos.
Os frutos, muito conhecidos em todo o mundo e bastante apreciados, têm uma aparência rústica e caracterizam-se por apresentarem a forma de "pinhas" podem possuir formas alongadas ou então arredondadas, mas não perfeitamente; às vezes, dependendo da espécie, têm a forma de um coração. De tamanhos e pesos variadíssimos, podem ser como punhos fechados ou como bolas de rugby. São, por exemplo, a fruta-do-conde (Annona squamosa), a graviola (Annona muricata), o araticum-do-cerrado ou marolo (Annona crassiflora) e os outros muitos araticuns do Brasil.
Pinha
Segundo Maria do Carmo C. Sanchotene, em língua guarani, araticum significa "fruto mole", que é como esses frutos de aparência áspera e rude ficam ao amadurecer, desmanchando-se facilmente.
Araticum é, também, de fato, a denominação mais comum para as variedades silvestres das Ananáceas por todo o continente americano que fala português. Na América espanhola, por sua vez, a denominação genérica e mais comum para esses frutos é anone ou anona.
A escritora colombiana Clara Inés Olaya oferece uma pista para a compreensão dos motivos que levaram a tais generalizações Segundo ela, os espanhóis teriam provado essas frutas pela primeira vez nas Ilhas do Caribe, assim que aportaram no Novo Mundo, uma vez que são nativas da região. Ali, teriam também rendido o nome anón, palavra da língua indígena taína usada para designar uma determinada variedade de fruta nativa e que, mais tarde, ficou conhecida como "ei manjor blanco de los españoles".
O anón descrito pelos navegantes do século XVI nasce em arvoretas, tem cor verde-escura, textura escamosa e verrugosa, e, quando maduro, ao contrário do que sua aparência pode fazer crer, abre-se em gomos facilmente, bastando, para isso, um leve aperto.
Aberta, a fruta oferece uma polpa suave e cremosa que se desmancha na boca, deixando um sabor bom e perfumado, além de várias pequenas sementes duras, lisas e brilhantes.
Esta descrição corresponde, precisamente, à da Annona squamosa que é, entre todas as Anonáceas, a mais conhecida e a mais facilmente encontrada nas feiras-livres e supermercados brasileiros, embora não seja variedade nativa do país.
De fato, a introdução desta fruta no Brasil tem datas históricas precisas: segundo Pio Corrêa, na Bahia corria o ano de 1626 quando o Conde de Miranda plantou a primeira árvore dessa variedade, e já era 1811 quando um-agrônomo francês introduziu-a no Rio de Janeiro, a pedido do Rei D.João VI. Estima-se, no entanto, que algumas variedades silvestres da fruta, originárias das Antilhas, deslocaram-se também até atingirem a região amazônica, transformando-se em espécies subespontâneas antes mesmo da chegada dos europeus.
Atualmente, no Brasil, em virtude de tantas andanças, o anón espanhol tem vários nomes em português: pode ser ata, no norte e no nordeste do país, no interior de São Paulo e em Minas Gerais; pode ser araticum, no Rio Grande do Sul; ou, então, I na Bahia, pode ser fruta-do-conde ou pinha.
Como ata, pinha ou fruta-do-conde, ela é, atualmente, cultivada por todo o país. De sabor delicioso e típico, a pinha é basicamente consumida in natura, mas sua polpa presta-se muito bem como ingrediente no preparo de refrescos e sucos.
Ainda no século XVI, à medida que os homens europeus foram conquistando as novas terras e que se embrenhavam no continente as novas terras e que se embrenhavam no continente americano, encontraram outras variedades de frutas similares. Muito parecidas entre si, segundo Clara Inés Olaya, essas frutas foram designadas pelos conquistadores pelo mesmo nome anón, sem se respeitarem nem reconhecerem as diferentes denominações que os povos indígenas lhes atribuíam. E possível imaginar que fatos semelhantes tenham ocorrido com vários dos araticuns brasileiros.
Entre todas as frutas conhecidas em nosso planeta, não há família mais complicada que a das Anonáceas, do ponto de vista das muitas variedades existentes, das semelhanças entre os frutos e das diferentes denominações populares que lhe foram atribuídas ao longo do tempo, na história.
O araticum-do-cerrado (Annona crassiflora) é mais um deles. Com esse nome ele é conhecido na região central do Brasil, nos cerrados que ele carrega no nome. Como marolo, é conhecido por todo o sul de Minas Gerais, onde é nativo e espontâneo nos enclaves de campos cerrados existentes na região.
Basicamente, com relação à qualidade da polpa, distinguem-se dois tipos de frutos assim denominados: o araticum de polpa rosada, mais doce e mais macio, e o de polpa amarelada, não muito macio e um pouco ácido. Em ambos os casos, o processo de obtenção da polpa, que pode ser congelada, é semelhante, sendo lento, manual e de pouco rendimento.
Com um ou outro nome, esse fruto de grande tamanho é bastante conhecido e consumido pelas populações locais, sendo comercializado nas feiras e, especialmente, nas beiras de estrada na época de sua frutificação.
Entre as frutas nativas brasileiras que não se transformaram em espécies cultivadas, o araticum-do-cerrado é uma das que apresenta o maior índice de aproveitamento culinário. Além do consumo in natura, são inúmeras as receitas de doces e bebidas que levam o sabor perfumado e forte de sua polpa, acrescida, muitas vezes, pelos sabores de outras frutas: batidas, licores, refrescos, bolachas, bolos, sorvetes, cremes, geléias, gelatinas, compotas, quindim, docinhos, doces-de-coco, doces-de-leite, etc.

            Fonte: Portal São Francisco ( portalsaofrancisco.com.br)

domingo, 17 de junho de 2012

Caju

Potente antisséptico

Do ponto de vista nutritivo, é uma fruta muito rica. Seu teor de vitamina C é bem maior que o da laranja. O cajú tem ainda quantidades razoáveis de Niacina, uma das vitaminas do Complexo B, e Ferro. A vitamina C age contra infecções, a Niacina combate problemas de pele, e o Ferro contribui para a formação do sangue.
Por ser rico em fibras, o cajú é indicado para aumentar a movimentação intestinal.
Em bom estado, a fruta não deve ser verde, nem ter marcas de picadas de insetos.
O cajú ao natural é excelente no combate ao reumatismo e eczemas de pele. E o óleo de castanha de cajú é considerado potente antisséptico, limpando feridas e ajudando na sua cicatrização. Esse óleo é também indicado no combate a vermes intestinais.
As folhas novas do cajueiro, quando cozidas e colocadas sobre feridas promovem sua cicatrização.
Seu período de safra vai de janeiro a fevereiro. Cem gramas de cajú fornecem 46 calorias.
O cajú, fruto do cajueiro, tem duas partes: o fruto propriamente dito, que é a castanha, e o pseudofruto, chamado cientificamente pedúnculo floral, que é a parte comumente vendida como a fruta. São conhecidas cerca de vinte variedades de cajú, classificadas segundo a consistência da polpa, o formato, o paladar e a cor da fruta (amarela, vermelha ou roxo-amarelada, dependendo da variedade). Quando ainda verde, o cajú é chamado de maturi e é muito usado na cozinha do Nordeste no preparo de picadinhos e refogados. É muito rico em vitamina C e contém ainda, em quantidades menores, vitaminas A e do complexo B.

Além de ser consumido ao natural, o cajú pode ser preparado em forma de suco simples (cajuada) ou de sorvetes, doces em calda ou pasta, licores, vinhos, xaropes e vinagres. Combinado com cachaça ou gim, vira o conhecido "cajú-amigo",servido como aperitivo. Depois de extraído o suco, sobra o bagaço do cajú, muito rico em celulose, que pode ser usado na cozinha como nas famosas "frigideiras" nordestinas - uma variação de fritada.
O cajú bom para o consumo deve estar bem fresco. A casca deve ter cor firme (segundo a variedade), sem manchas ou machucados. Como é uma fruta muito fácil de estragar, deve ser consumido no mesmo dia da compra. Se estiver bem firme, pode ficar guardado na geladeira por dois dias, no máximo.

Dicas culinárias

Para que o doce de cajú fique bem clarinho, use panela de ágata.
Para extrair todo o suco do cajú, depois de ter espremido a fruta, passe o bagaço por uma peneira.

Curiosidades

Em Pirangí, no Rio Grande do Norte, está o maior cajueiro do mundo. Ele ocupa uma área de 7.300 m² e tem cerca de 90 anos.
No Estado do Ceará, chamam-se "chuvas de maturi" as chuvas que caem na época da florescência do cajú (agosto e setembro).
   
Características da planta


Árvore que pode atingir até 10 m de altura, apresenta copa proporcional ao seu tamanho, arredondada chegando a alcançar o solo. Tronco geralmente tortuoso e ramificado. Folhas róseas quando jovens, verdes posteriormente. Flores pequenas, branco-rosadas, perfumadas, surgindo de junho a novembro.

Fruto

O fruto pequeno de coloração escura e consistência dura é sustentado por uma haste carnosa e suculenta bem desenvolvida, de coloração amarela, alaranjada ou vermelha.
Da haste obtém-se matéria- prima para o fabrico de sucos, doces, etc.
O verdadeiro fruto é a conhecida castanha-de-caju que pode atingir até 2 cm de comprimento.
Os frutos amadurecem de setembro a janeiro.

Cultivo

Encontra condições ideais de cultivo no litoral do Nordeste. Prefere solo seco devendo seu plantio ser realizado na estação chuvosa. Prefere clima tropical e subtropical. Uma árvore com 4 anos pode produzir de 100 a 150 kg por ano.
A Amazônia parece ter sido o útero quente de onde diferentes espécies do genêro Anacardium se irradiaram para o resto do mundo.
E o cajueiro, seu representante mais conhecido, árvore rústica, espontânea e nativa do Brasil, mais precisamente da zona arenosa litorânea de campos e dunas, que vai do nordeste até 0 baixo Amazonas, está hoje disseminada por todas as regiões tropicais do globo.
Os indígenas de fala tupi, habitantes autóctones do nordeste do Brasil, já conheciam muito bem o caju e faziam dele um de seus mais completos e importantes alimentos. Deve-se, inclusive, aos indígenas o seu nome: a palavra acaiu, de origem tupi, quer dizer "noz que se produz".
Ficaram conhecidas como as 'guerras do caju" as lutas pelo domínio temporário dos cajuais, travadas entre as tribos indígenas que desciam do interior na época da frutificação do caju e aquelas que viviam no litoral.
Supõe-se que foi assim, através das castanhas levadas pelas mãos dos indígenas que iam e vinham pelas terras do Brasil, que a fruta se espalhou por vastas regiões do interior seco e árido nordestino. Pouco exigente quanto a solos, com o tempo, o cajueiro se adaptou às terras para onde foi levado. Floresceu e frutificou ano após ano, formando extensos cajuais.
Quando, no século das grandes navegações, aqui chegaram os primeiros europeus, encontraram uma terra promissora de gentes e frutos exóticos, que se confundia com a visão do paraíso terrestre, onde o cajueiro era a verdadeira árvore proibida. Datam da metade do século XVI as primeiras e maravilhadas descrições da árvore do caju, dos cajuais sem fim do litoral americano e de seus frutos e usos, feitas pelos viajantes europeus. Foi a partir de então que o caju iniciou sua viagem pelo mundo: embarcado nas naus portuguesas, aportou em Moçambique, Angola, Quénia e Madagascar, na África, e em Goa, na Índia.
Ali, os cajueiros começaram a crescer com profusão em terrenos secos e pedregosos onde antes não havia nada, tendo sido incorporados completamente na vida e na economia locais. E têm sido muito bem aproveitados: a Índia é, hoje em dia, o principal produtor e exportador mundial da castanha-de-caju e do óleo da castanha, com altos índices de rentabilidade.
Enquanto isso, em sua terra de origem, as árvores de caiu foram sendo substituídas, primeiro, por plantações de cana-de-açúcar e, muito tempo depois, por casas e edifícios luxuosos à beira-mar. Por muitos anos as possibilidades de exploração econômica rentável do caju foram desconsideradas nas terras brasileiras.
Ainda assim, 0 Brasil é um importante produtor e exportador da castanha-de-caju, destacando-se os Estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. De maneira geral, a cajucultura é, hoje, uma atividade de grande relevância sócioeconômica para o nordeste do país.
Aliás, para o pesquisador Mauro Motta, nunca houve árvore e fruto de tamanha importância e alcance na vida social e na economia regional de uma população.
O caju está presente na literatura, na poesia, nos ditados populares, na fala, nos jogos infantis, nas crendices, nos costumes, no folclore, na medicina e no mobiliário e, é claro, na dieta alimentar, na culinária e na doçaria brasileira, especialmente, nordestina.
Para completar, é uma das frutas mais intrigantes existentes: aquilo que comumente se acredita ser a fruta, denominada popularmente de "pêra", "maçã" " ou "banana" - aquela parte carnosa, cuja forma pode ser alongada ou arredondada; cuja cor pode ser amarela, vermelha ou intermediária; que contém o sumo aromático e adstringente, por vezes azedo e, outras, dulcíssimo - é apenas a haste, o pedúnculo inchado que sustenta o verdadeiro fruto da planta, que é a castanha.Com a forma de um pequeno "rim" animal, a castanha é o principal produto do complexo econômico do caju.
Quando madura, a castanha do caju apresenta uma casca bastante dura e cheia de um óleo viscoso, cáustico e inflamável que abriga a amêndoa. A partir da 2 Guerra Mundial, esse óleo se transformou em um produto estratégico para a indústria, por suas qualidades isolantes e protetoras. Atualmente existem mais de 200 patentes industriais que o utilizam como componente.
Os indígenas, no entanto, sabiam desde sempre que a melhor forma de aproveitar como alimento essa amêndoa abrigada na castanha do caju era torrando-a ao fogo. Assim, sua casca e o forte óleo que desprende são consumidos, restando a apreciadíssima e internacional cashew nut. A castanha- de-caju, como é conhecida pelos brasileiros, transformou-se em especiaria cara e de luxo muito utilizada salgada, como tira-gosto, e natural, na produção de doces e confeitos.
Além disso, da amêndoa da castanha-de-caiu - rica em proteínas, calorias, lipídios, carboidratos, fósforo e ferro - é extraído um óleo comestível que pode ser utilizado em substituição ao azeite de oliva.
No Brasil, os usos culinários do caju e de sua castanha se multiplicam. Quando verde, por exemplo, a castanha volumosa e tenra, mais conhecida como maturi, é ingrediente especialíssimo da culinária nordestina: a famosa frigideira de maturi com camarões secos, por exemplo, é um prato baiano, raro e sensual, cuja receita ficou imortalizada na obra"Tieta do Agreste" do escritor Jorge Amado.
Da amêndoa torrada é costume fazer-se uma farinha muito especial que é misturada com farinha de mandioca, adoçada e vendida em pequenos cones de papel: guloseima de crianças. Essa mistura é, também, muito apreciada para ser degustada após a adição de suco de caju ou água, a gosto. É a tumbança.
A parte suculenta e refrescante, o pseudofruto do cajueiro - que contém vitamina C em quantidade para perder apenas da campeã acerola - tem incontáveis usos e, embora alcance pouco valor no mercado externo, é muito apreciada no Brasil.
O caju pode ser consumido como fruta fresca, sob os pés carregados ou adquirido de ambulantes nas ruas e nas praias. Especialmente, é comum servir de acompanhamento para aqueles que não se furtam de beber uma boa aguardente de cana, sendo consumido aos pedaços ou por inteiro, entre um gole e outro.
Para beber, como é mais consumido, o caju serve de matéria-prima para inúmeros sucos, refrescos e cajuadas, quando ao suco adoçado, adiciona-se água ou leite. A cajuína, bastante apreciada e consumida gelada, é o suco filtrado, engarrafado e cozido em banho-maria. Esse suco, depois de filtrado e cozido, quando misturado com álcool transforma-se na jeropiga, um vinho de caju que pode ser mais ou menos encorpado. O mocororó é o suco fermentado, cru ou cozido, um vinho mais fino.
A doçaria nordestina é pródiga em receitas que levam a fruta, uma boa maneira de conservá-la para ostempos de entressafra. Assim, o caju costuma ser transformado em doces de todo tipo, na forma de sorvetes, gelados, compotas' passas ou ameixas de caju, em calda ou fruta cristalizada.
As árvores que dão o caju, essa saborosa, múltipla e generosa truta de muito frutos, em suas variadas espécies, podem durar até mais de 50 anos e se apresentar com características bastante diversas.
São desde árvores com porte majestoso, amazônico, atingindo até a altura de 40 metros e apresentando os pseudofrutos carnosos pouco desenvolvidos (Anacardium giganteum), até formas árboreas de porte médio, não ultrapassando os 3 ou 4 metros de altura (Anacardiam othonianum) ou herbáceo, com até 80 cm (Anacardium humile).
Nesses últimos casos, a castanha apresenta-se com as mesmas características e usos do cajueiro comum, sendo apenas o seu pseudofruto uma miniatura perfeita do outro e um pouco mais ácido.
Também conhecidos como cajuí, cajuzinho ou caju-de-árvore-do-cerrado, tais frutos ocorrem naturalmente no Cerrado do Brasil.