sábado, 23 de junho de 2012

Suco Digestivo





 

Laranja: Além de ser uma fruta cítrica e com sabor variado de doce e o leve azedo de uma fruta tipicamente ácida, a laranja é rica em minerais e vitamina C e possui uma boa quantidade de vitaminas A e do complexo B. Além disso, é uma fruta pouco calórica, em cada 100 gramas de laranja há apenas 65 kcal. Ela é rica em Cálcio o que é de suma importância para o fortalecimento dos ossos e dentes. Com uma boa quantidade de ferro o que evita a anemia. A laranja também  favorece a secreção de suco gástrico, de bile e de todos os líquidos do tubo digestivo, assim ajudando na digestão.


Abacaxi: A fruta possui uma enorme quantidade de aminoácidos, sendo eles: asparagina, glutamina, serina, histidina, glicina, treosina, alanina, arginina, tirosina, cisteína, valina, metionina, triptofano, feninalanina, isoleucina, leucina, lisina e prolina. Só a cisteína que se apresenta no abacaxi, tem ação anti-radicais livres e protege o sangue, o fígado e os rins das toxinas ambientais. Uma curiosidade bem relevante sobre esta fruta, é que o teor de vitamina C que tem no abacaxi é bem maior quando o fruto ainda está muito verde, mas mesmo assim no seu amadurecimento, a vitamina que ainda nele há é bem satisfatória. O abacaxi é rico em enzimas que funcionam como limpeza do organismo, neste caso o fruto possuí mais enzimas que outras frutas, sendo assim bem eficaz na digestão.


Maracujá: O fruto é fonte de vitaminas A, C e do complexo B e tem uma quantidade excelente de sais minerais ( ferro, cálcio, sódio e fósforo). O maracujá é uma fruta que tem propriedades naturais calmante, ele também reduz a absorção de glicose, combate o colesterol ruim, possui um vermífugo natural e tem efeitos cicatrizantes.
 
Você já imaginou a ação digestiva que tem essas três frutas juntas?
Com o poder que tem o abacaxi de limpeza no organismo, a ação que tem a laranja de favorecer a secreção do suco gástrico e a eficácia  que tem o maracujá de combater o colesterol ruim, resulta em um excelente suco Digestivo, um suco maravilhoso que é sugerido em nosso cardápio.
Além das três frutas possuírem sais minerais e obter um alto teor de vitaminas A, C e do complexo B, também ajudam na digestão e na absorção de glicose.
Agora é só experimentar e comprovar a eficácia deste suco, e se deliciar com o sabor incrível da união das três frutas.

                                           Texto escrito por: Arthur Araújo

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Fabiana ( Mama do BBB 12 ) esteve na nossa unidade aqui em Goiânia, no Araguaia Shopping

Olha só quem veio saborear nossos pratos no último dia das mães. Fabiana do último Big Brother Brasil! Ela esteve no Shopping Araguaia, onde nossa unidade é instalada, e apreciou nosso cardápio com muito esmero e logo após com muita adimiração, pela grandeza do cardápio,decediu saborear um de nossos pratos, especificamente um Wrap de Tomate seco e Rúcula e um suco terapêutico Xô TPM. E logo depois de almoçar, pediu como sobremesa um Brownie completo. Depois de satisfeita agradeceu pelo almoço maravilhoso e nos concedeu a honra de algumas fotos ao seu lado.
 






terça-feira, 19 de junho de 2012

Pinha


Características da planta
Árvore de tamanho variável, podendo atingir até 7 m de altura de acordo com a espécie. Folhas rígidas, dispostas caracteristicamente intercaladas na posição horizontal ao longo dos ramos. Flores freqüentemente carnosas, de coloração esverdeada ou branco-amarelada. Florescem ao longo de todo o ano.

Fruto

Globoso ou alongado que contém numerosas sementes presas a uma polpa branca, aquosa, mole, envolvida por uma casca de coloração amarelo-esverdeada, lisa ou recoberta por escamas carnosas. Frutificam durante quase todo o ano.

Cultivo

Propaga-se por sementes ou por garfagem. Prefere clima quente, porém com pouca chuva e estação seca bem definida. Começa a produzir 3 anos após o plantio.
A família das Anonáceas engloba uma grande variedade de frutos e. De maneira geral, as plantas dessa família caracterizam-se por apresentarem folhas simples, dispostas alternadamente em um mesmo plano, ao longo dos ramos e pela semelhança entre seus frutos.
Os frutos, muito conhecidos em todo o mundo e bastante apreciados, têm uma aparência rústica e caracterizam-se por apresentarem a forma de "pinhas" podem possuir formas alongadas ou então arredondadas, mas não perfeitamente; às vezes, dependendo da espécie, têm a forma de um coração. De tamanhos e pesos variadíssimos, podem ser como punhos fechados ou como bolas de rugby. São, por exemplo, a fruta-do-conde (Annona squamosa), a graviola (Annona muricata), o araticum-do-cerrado ou marolo (Annona crassiflora) e os outros muitos araticuns do Brasil.
Pinha
Segundo Maria do Carmo C. Sanchotene, em língua guarani, araticum significa "fruto mole", que é como esses frutos de aparência áspera e rude ficam ao amadurecer, desmanchando-se facilmente.
Araticum é, também, de fato, a denominação mais comum para as variedades silvestres das Ananáceas por todo o continente americano que fala português. Na América espanhola, por sua vez, a denominação genérica e mais comum para esses frutos é anone ou anona.
A escritora colombiana Clara Inés Olaya oferece uma pista para a compreensão dos motivos que levaram a tais generalizações Segundo ela, os espanhóis teriam provado essas frutas pela primeira vez nas Ilhas do Caribe, assim que aportaram no Novo Mundo, uma vez que são nativas da região. Ali, teriam também rendido o nome anón, palavra da língua indígena taína usada para designar uma determinada variedade de fruta nativa e que, mais tarde, ficou conhecida como "ei manjor blanco de los españoles".
O anón descrito pelos navegantes do século XVI nasce em arvoretas, tem cor verde-escura, textura escamosa e verrugosa, e, quando maduro, ao contrário do que sua aparência pode fazer crer, abre-se em gomos facilmente, bastando, para isso, um leve aperto.
Aberta, a fruta oferece uma polpa suave e cremosa que se desmancha na boca, deixando um sabor bom e perfumado, além de várias pequenas sementes duras, lisas e brilhantes.
Esta descrição corresponde, precisamente, à da Annona squamosa que é, entre todas as Anonáceas, a mais conhecida e a mais facilmente encontrada nas feiras-livres e supermercados brasileiros, embora não seja variedade nativa do país.
De fato, a introdução desta fruta no Brasil tem datas históricas precisas: segundo Pio Corrêa, na Bahia corria o ano de 1626 quando o Conde de Miranda plantou a primeira árvore dessa variedade, e já era 1811 quando um-agrônomo francês introduziu-a no Rio de Janeiro, a pedido do Rei D.João VI. Estima-se, no entanto, que algumas variedades silvestres da fruta, originárias das Antilhas, deslocaram-se também até atingirem a região amazônica, transformando-se em espécies subespontâneas antes mesmo da chegada dos europeus.
Atualmente, no Brasil, em virtude de tantas andanças, o anón espanhol tem vários nomes em português: pode ser ata, no norte e no nordeste do país, no interior de São Paulo e em Minas Gerais; pode ser araticum, no Rio Grande do Sul; ou, então, I na Bahia, pode ser fruta-do-conde ou pinha.
Como ata, pinha ou fruta-do-conde, ela é, atualmente, cultivada por todo o país. De sabor delicioso e típico, a pinha é basicamente consumida in natura, mas sua polpa presta-se muito bem como ingrediente no preparo de refrescos e sucos.
Ainda no século XVI, à medida que os homens europeus foram conquistando as novas terras e que se embrenhavam no continente as novas terras e que se embrenhavam no continente americano, encontraram outras variedades de frutas similares. Muito parecidas entre si, segundo Clara Inés Olaya, essas frutas foram designadas pelos conquistadores pelo mesmo nome anón, sem se respeitarem nem reconhecerem as diferentes denominações que os povos indígenas lhes atribuíam. E possível imaginar que fatos semelhantes tenham ocorrido com vários dos araticuns brasileiros.
Entre todas as frutas conhecidas em nosso planeta, não há família mais complicada que a das Anonáceas, do ponto de vista das muitas variedades existentes, das semelhanças entre os frutos e das diferentes denominações populares que lhe foram atribuídas ao longo do tempo, na história.
O araticum-do-cerrado (Annona crassiflora) é mais um deles. Com esse nome ele é conhecido na região central do Brasil, nos cerrados que ele carrega no nome. Como marolo, é conhecido por todo o sul de Minas Gerais, onde é nativo e espontâneo nos enclaves de campos cerrados existentes na região.
Basicamente, com relação à qualidade da polpa, distinguem-se dois tipos de frutos assim denominados: o araticum de polpa rosada, mais doce e mais macio, e o de polpa amarelada, não muito macio e um pouco ácido. Em ambos os casos, o processo de obtenção da polpa, que pode ser congelada, é semelhante, sendo lento, manual e de pouco rendimento.
Com um ou outro nome, esse fruto de grande tamanho é bastante conhecido e consumido pelas populações locais, sendo comercializado nas feiras e, especialmente, nas beiras de estrada na época de sua frutificação.
Entre as frutas nativas brasileiras que não se transformaram em espécies cultivadas, o araticum-do-cerrado é uma das que apresenta o maior índice de aproveitamento culinário. Além do consumo in natura, são inúmeras as receitas de doces e bebidas que levam o sabor perfumado e forte de sua polpa, acrescida, muitas vezes, pelos sabores de outras frutas: batidas, licores, refrescos, bolachas, bolos, sorvetes, cremes, geléias, gelatinas, compotas, quindim, docinhos, doces-de-coco, doces-de-leite, etc.

            Fonte: Portal São Francisco ( portalsaofrancisco.com.br)

domingo, 17 de junho de 2012

Caju

Potente antisséptico

Do ponto de vista nutritivo, é uma fruta muito rica. Seu teor de vitamina C é bem maior que o da laranja. O cajú tem ainda quantidades razoáveis de Niacina, uma das vitaminas do Complexo B, e Ferro. A vitamina C age contra infecções, a Niacina combate problemas de pele, e o Ferro contribui para a formação do sangue.
Por ser rico em fibras, o cajú é indicado para aumentar a movimentação intestinal.
Em bom estado, a fruta não deve ser verde, nem ter marcas de picadas de insetos.
O cajú ao natural é excelente no combate ao reumatismo e eczemas de pele. E o óleo de castanha de cajú é considerado potente antisséptico, limpando feridas e ajudando na sua cicatrização. Esse óleo é também indicado no combate a vermes intestinais.
As folhas novas do cajueiro, quando cozidas e colocadas sobre feridas promovem sua cicatrização.
Seu período de safra vai de janeiro a fevereiro. Cem gramas de cajú fornecem 46 calorias.
O cajú, fruto do cajueiro, tem duas partes: o fruto propriamente dito, que é a castanha, e o pseudofruto, chamado cientificamente pedúnculo floral, que é a parte comumente vendida como a fruta. São conhecidas cerca de vinte variedades de cajú, classificadas segundo a consistência da polpa, o formato, o paladar e a cor da fruta (amarela, vermelha ou roxo-amarelada, dependendo da variedade). Quando ainda verde, o cajú é chamado de maturi e é muito usado na cozinha do Nordeste no preparo de picadinhos e refogados. É muito rico em vitamina C e contém ainda, em quantidades menores, vitaminas A e do complexo B.

Além de ser consumido ao natural, o cajú pode ser preparado em forma de suco simples (cajuada) ou de sorvetes, doces em calda ou pasta, licores, vinhos, xaropes e vinagres. Combinado com cachaça ou gim, vira o conhecido "cajú-amigo",servido como aperitivo. Depois de extraído o suco, sobra o bagaço do cajú, muito rico em celulose, que pode ser usado na cozinha como nas famosas "frigideiras" nordestinas - uma variação de fritada.
O cajú bom para o consumo deve estar bem fresco. A casca deve ter cor firme (segundo a variedade), sem manchas ou machucados. Como é uma fruta muito fácil de estragar, deve ser consumido no mesmo dia da compra. Se estiver bem firme, pode ficar guardado na geladeira por dois dias, no máximo.

Dicas culinárias

Para que o doce de cajú fique bem clarinho, use panela de ágata.
Para extrair todo o suco do cajú, depois de ter espremido a fruta, passe o bagaço por uma peneira.

Curiosidades

Em Pirangí, no Rio Grande do Norte, está o maior cajueiro do mundo. Ele ocupa uma área de 7.300 m² e tem cerca de 90 anos.
No Estado do Ceará, chamam-se "chuvas de maturi" as chuvas que caem na época da florescência do cajú (agosto e setembro).
   
Características da planta


Árvore que pode atingir até 10 m de altura, apresenta copa proporcional ao seu tamanho, arredondada chegando a alcançar o solo. Tronco geralmente tortuoso e ramificado. Folhas róseas quando jovens, verdes posteriormente. Flores pequenas, branco-rosadas, perfumadas, surgindo de junho a novembro.

Fruto

O fruto pequeno de coloração escura e consistência dura é sustentado por uma haste carnosa e suculenta bem desenvolvida, de coloração amarela, alaranjada ou vermelha.
Da haste obtém-se matéria- prima para o fabrico de sucos, doces, etc.
O verdadeiro fruto é a conhecida castanha-de-caju que pode atingir até 2 cm de comprimento.
Os frutos amadurecem de setembro a janeiro.

Cultivo

Encontra condições ideais de cultivo no litoral do Nordeste. Prefere solo seco devendo seu plantio ser realizado na estação chuvosa. Prefere clima tropical e subtropical. Uma árvore com 4 anos pode produzir de 100 a 150 kg por ano.
A Amazônia parece ter sido o útero quente de onde diferentes espécies do genêro Anacardium se irradiaram para o resto do mundo.
E o cajueiro, seu representante mais conhecido, árvore rústica, espontânea e nativa do Brasil, mais precisamente da zona arenosa litorânea de campos e dunas, que vai do nordeste até 0 baixo Amazonas, está hoje disseminada por todas as regiões tropicais do globo.
Os indígenas de fala tupi, habitantes autóctones do nordeste do Brasil, já conheciam muito bem o caju e faziam dele um de seus mais completos e importantes alimentos. Deve-se, inclusive, aos indígenas o seu nome: a palavra acaiu, de origem tupi, quer dizer "noz que se produz".
Ficaram conhecidas como as 'guerras do caju" as lutas pelo domínio temporário dos cajuais, travadas entre as tribos indígenas que desciam do interior na época da frutificação do caju e aquelas que viviam no litoral.
Supõe-se que foi assim, através das castanhas levadas pelas mãos dos indígenas que iam e vinham pelas terras do Brasil, que a fruta se espalhou por vastas regiões do interior seco e árido nordestino. Pouco exigente quanto a solos, com o tempo, o cajueiro se adaptou às terras para onde foi levado. Floresceu e frutificou ano após ano, formando extensos cajuais.
Quando, no século das grandes navegações, aqui chegaram os primeiros europeus, encontraram uma terra promissora de gentes e frutos exóticos, que se confundia com a visão do paraíso terrestre, onde o cajueiro era a verdadeira árvore proibida. Datam da metade do século XVI as primeiras e maravilhadas descrições da árvore do caju, dos cajuais sem fim do litoral americano e de seus frutos e usos, feitas pelos viajantes europeus. Foi a partir de então que o caju iniciou sua viagem pelo mundo: embarcado nas naus portuguesas, aportou em Moçambique, Angola, Quénia e Madagascar, na África, e em Goa, na Índia.
Ali, os cajueiros começaram a crescer com profusão em terrenos secos e pedregosos onde antes não havia nada, tendo sido incorporados completamente na vida e na economia locais. E têm sido muito bem aproveitados: a Índia é, hoje em dia, o principal produtor e exportador mundial da castanha-de-caju e do óleo da castanha, com altos índices de rentabilidade.
Enquanto isso, em sua terra de origem, as árvores de caiu foram sendo substituídas, primeiro, por plantações de cana-de-açúcar e, muito tempo depois, por casas e edifícios luxuosos à beira-mar. Por muitos anos as possibilidades de exploração econômica rentável do caju foram desconsideradas nas terras brasileiras.
Ainda assim, 0 Brasil é um importante produtor e exportador da castanha-de-caju, destacando-se os Estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. De maneira geral, a cajucultura é, hoje, uma atividade de grande relevância sócioeconômica para o nordeste do país.
Aliás, para o pesquisador Mauro Motta, nunca houve árvore e fruto de tamanha importância e alcance na vida social e na economia regional de uma população.
O caju está presente na literatura, na poesia, nos ditados populares, na fala, nos jogos infantis, nas crendices, nos costumes, no folclore, na medicina e no mobiliário e, é claro, na dieta alimentar, na culinária e na doçaria brasileira, especialmente, nordestina.
Para completar, é uma das frutas mais intrigantes existentes: aquilo que comumente se acredita ser a fruta, denominada popularmente de "pêra", "maçã" " ou "banana" - aquela parte carnosa, cuja forma pode ser alongada ou arredondada; cuja cor pode ser amarela, vermelha ou intermediária; que contém o sumo aromático e adstringente, por vezes azedo e, outras, dulcíssimo - é apenas a haste, o pedúnculo inchado que sustenta o verdadeiro fruto da planta, que é a castanha.Com a forma de um pequeno "rim" animal, a castanha é o principal produto do complexo econômico do caju.
Quando madura, a castanha do caju apresenta uma casca bastante dura e cheia de um óleo viscoso, cáustico e inflamável que abriga a amêndoa. A partir da 2 Guerra Mundial, esse óleo se transformou em um produto estratégico para a indústria, por suas qualidades isolantes e protetoras. Atualmente existem mais de 200 patentes industriais que o utilizam como componente.
Os indígenas, no entanto, sabiam desde sempre que a melhor forma de aproveitar como alimento essa amêndoa abrigada na castanha do caju era torrando-a ao fogo. Assim, sua casca e o forte óleo que desprende são consumidos, restando a apreciadíssima e internacional cashew nut. A castanha- de-caju, como é conhecida pelos brasileiros, transformou-se em especiaria cara e de luxo muito utilizada salgada, como tira-gosto, e natural, na produção de doces e confeitos.
Além disso, da amêndoa da castanha-de-caiu - rica em proteínas, calorias, lipídios, carboidratos, fósforo e ferro - é extraído um óleo comestível que pode ser utilizado em substituição ao azeite de oliva.
No Brasil, os usos culinários do caju e de sua castanha se multiplicam. Quando verde, por exemplo, a castanha volumosa e tenra, mais conhecida como maturi, é ingrediente especialíssimo da culinária nordestina: a famosa frigideira de maturi com camarões secos, por exemplo, é um prato baiano, raro e sensual, cuja receita ficou imortalizada na obra"Tieta do Agreste" do escritor Jorge Amado.
Da amêndoa torrada é costume fazer-se uma farinha muito especial que é misturada com farinha de mandioca, adoçada e vendida em pequenos cones de papel: guloseima de crianças. Essa mistura é, também, muito apreciada para ser degustada após a adição de suco de caju ou água, a gosto. É a tumbança.
A parte suculenta e refrescante, o pseudofruto do cajueiro - que contém vitamina C em quantidade para perder apenas da campeã acerola - tem incontáveis usos e, embora alcance pouco valor no mercado externo, é muito apreciada no Brasil.
O caju pode ser consumido como fruta fresca, sob os pés carregados ou adquirido de ambulantes nas ruas e nas praias. Especialmente, é comum servir de acompanhamento para aqueles que não se furtam de beber uma boa aguardente de cana, sendo consumido aos pedaços ou por inteiro, entre um gole e outro.
Para beber, como é mais consumido, o caju serve de matéria-prima para inúmeros sucos, refrescos e cajuadas, quando ao suco adoçado, adiciona-se água ou leite. A cajuína, bastante apreciada e consumida gelada, é o suco filtrado, engarrafado e cozido em banho-maria. Esse suco, depois de filtrado e cozido, quando misturado com álcool transforma-se na jeropiga, um vinho de caju que pode ser mais ou menos encorpado. O mocororó é o suco fermentado, cru ou cozido, um vinho mais fino.
A doçaria nordestina é pródiga em receitas que levam a fruta, uma boa maneira de conservá-la para ostempos de entressafra. Assim, o caju costuma ser transformado em doces de todo tipo, na forma de sorvetes, gelados, compotas' passas ou ameixas de caju, em calda ou fruta cristalizada.
As árvores que dão o caju, essa saborosa, múltipla e generosa truta de muito frutos, em suas variadas espécies, podem durar até mais de 50 anos e se apresentar com características bastante diversas.
São desde árvores com porte majestoso, amazônico, atingindo até a altura de 40 metros e apresentando os pseudofrutos carnosos pouco desenvolvidos (Anacardium giganteum), até formas árboreas de porte médio, não ultrapassando os 3 ou 4 metros de altura (Anacardiam othonianum) ou herbáceo, com até 80 cm (Anacardium humile).
Nesses últimos casos, a castanha apresenta-se com as mesmas características e usos do cajueiro comum, sendo apenas o seu pseudofruto uma miniatura perfeita do outro e um pouco mais ácido.
Também conhecidos como cajuí, cajuzinho ou caju-de-árvore-do-cerrado, tais frutos ocorrem naturalmente no Cerrado do Brasil.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Tudo sobre abacaxi


O abacaxi é o fruto do abacaxizeiro (Ananas comosus) uma planta de origem americana hoje cultivada em todo o mundo. Seu nome científico, assim como um de seus sinônimos populares, ananás, vem de línguas indígenas da América Central e foi incorporado ao tupi, querendo dizer “fruta excelente”, de “a” = “fruta” e “nanás” = “muito boa”. Ananas comosus em latim quer dizer “ananás com gomos”. Pertence à família das bromeliáceas, a mesma das bromélias de floricultura (aquelas plantas em forma de roseta com “flores” coloridas no centro) e dos caraguatás (usados em medicina caseira para cortar a tosse – veja boxe no final).
Estudos genéticos de populações vegetais indicam que o abacaxi é nativo da região Sul do Brasil e do Paraguai, de onde foi se espalhando durante milênios até as florestas da América Central, como as do Panamá. A disseminação do abacate acompanhou a da Mata Atlântica, que cobria todo o litoral do subcontinente centro-sul-americano.
Os primeiros relatos de europeus sobre a fruta datam de 1493, quando marinheiros de Colombo a experimentaram nas ilhas de Guadalupe. Jean de Lery, capelão dos invasores franceses liderados por Nicolau Villegagnon, que se estabeleceram no Rio de Janeiro de 1555 a 1560, também escreveu sobre o abacaxi: “É o fruto mais saboroso da América!”
Nos séculos seguintes, há poucas referências ao fruto, pois as frutas em geral eram desprezadas pelos portugueses, sendo consideradas “comida de índio”. Daí vem a expressão “por fruta”, significando muito raramente. Era comum nas cidades a preferência por frutas trazidas pelos europeus, como a laranja e a manga, enquanto as frutas nativas eram quase sempre desprezadas.
Uma exceção foi a princesa Isabel, que tinha como fruta preferida a banana-de-macaco, fruto de um tipo gigante de costela-de-adão, a Monstera deliciosa, que é saboroso, mas hoje já não mais consumido nem pelos índios.
O abacaxi só volta a ser comentado e elogiado a partir do final do século 19, quando se disseminam suas virtudes medicinais. Antes era considerado maligno e venenoso em regiões da Africa e do Oriente onde não era conhecido e começou a ser introduzido sem êxito por causa da má-fama. Diziam na Africa, por exemplo, que tornava as cobras mais venenosas, o que não passa de lenda sem fundamento.

Tradição milenar


Graças a suas enzimas (bromelina, principalmente, que dissolve muco e moléculas de gordura), vitaminas (A, B e C, principalmente) e oligoelementos (traços de sais minerais como cobre e manganês, veja boxe) o fruto do abacaxi é digestivo, antiinflamatório e antibiótico, alem de cicatrizante de tecidos. O botânico Pio Corrêa fez um detalhado elenco das principais qualidades tradicionalmente atribuídas ao abacaxi. A primeira dessas virtudes está o fato de ser uma fruta digestiva, por causa das enzimas que decompõe os alimentos. Corrêa também explica que o suco e as compressas da fruta têm ação depurativa do sangue, fazendo estourar furúnculos, por afinar os tecidos que os revestem.
O abacaxi também é usado pelos índios há milênios para combater a tosse e curar a dor de garganta, por dissolver muco contaminado, limpando as mucosas. Essa propriedade enzimática de dissolver muco explica a ação do abacaxi como expectorante, nos casos de asma ou bronquite. O consumo dessa fruta também tonifica os intestinos, pois também dissolve muco contaminado em suas mucosas, eliminando micróbios e vermes.
Pio Corrêa explica que os índios usavam ainda o suco do fruto ainda verde como vermífugo e antibiótico das vias urinárias. Esse suco fermentado era indicado para ser tomado pela manhã em jejum para que os guerreiros restaurassem suas forças. Na verdade ele facilita a absorção dos alimentos e sua rápida transformação em energia.
Junto com outros ingredientes que o abacaxi contém em pequenas quantidades, a bromelina é absorvida por nossas vias digestivas e entra no sangue, atuando como antiinflamatória, o que ajuda a desobstruir a circulação em caso de edema ou contusão. Segundo pesquisadores americanos, a bromelina teria a propriedade de quebrar, dentro das artérias, as placas de fibrinas, que são um tipo de proteínas que constituem os coágulos sanguíneos.
Essas propriedades antiinflamatórias são responsáveis pela ação do fruto e de seu suco no tratamento de muitos casos de artrite e reumatismo. É de fato eficaz no combate às dores nas juntas (artrite).

O poder das enzimas

Como os oligoelementos e as vitaminas, as enzimas são substâncias que agem em pequena quantidade e apressam as reações químicas do organismo, rompendo moléculas maiores e facilitando sua decomposição. Sem as enzimas, nós não sobreviveríamos, porque não conseguiríamos digerir os alimentos. Nosso próprio corpo produz enzimas, como a ptialina presente na saliva, que ajuda a fazer o bolo alimentar.
Mas as frutas também são ricas em enzimas, principalmente o abacaxi. Além de quebrarem moléculas complexas, como as das proteínas e das gorduras, as enzimas do abacaxi, principalmente as bromelinas, funcionam como agentes de limpeza do organismo, dissolvendo o muco e as proteínas e as gorduras depositadas no revestimento de mucosas e artérias. A esse muco ou gordura podem estar aderidos micróbios, como bactérias e vírus (que tem suas paredes celulares dissolvidas pelas propriedades proteolíticas da bromelina), e até vermes. A bromelina dissolve esse muco do revestimento das mucosas, facilitando a cicatrização dos tecidos inflamados. É fácil constatar esse poder dissolvente da bromelina despejando suco de abacaxi em gelatina animal, o que a faz derreter.
As bromelinas é usada pela indústria farmacêutica para fazer xaropes e remédios digestivos. Também são usadas na indústria da cerveja, para classificar a qualidade da bebida.
Outras frutas ricas em enzimas são o mamão (o leite branco que sai das cascas é constituído principalmente por papaína, uma enzima que amacia a carne e dissolve até verrugas da pele), as uvas, o abacate, o figo e a banana. Outras plantas que contêm enzimas úteis: gengibre, couve, babosa. Também possuem enzimas o mel e o azeite de oliva de primeiras extrações.

O que dá o sabor característico ao abacaxi, entretanto, é o ácido que ele contém (87% de acido cítrico e 13% de ácido málico). Essa acidez pode causar inconvenientes em pessoas que estejam em crise de herpes labial, que nessas fases devem evitar o abacaxi. Essa fruta deve ainda ser evitada nas fases agudas de úlcera e gastrite. Também contribui para o sabor ácido do fruto a vitamina C (todos os frutos muito ricos em vitamina C têm sabor ácido porque ela é um tipo de ácido, chamado, aliás, ácido ascórbico).
Curiosamente a vitamina C encontra-se em maior quantidade no fruto quando ele ainda está muito verde e não pode ser consumido por causa do sabor extremamente ácido e de outro componente químico que o deixa amargo e adstringente: o tanino.
É o tanino que vira açúcar quando o fruto amadurece. Conforme ocorre o amadurecimento, o tanino desaparece e o teor de vitamina C diminui, mas mesmo assim continua completamente satisfatório para consumo. Constatou-se, por exemplo, que os abacaxis da Guiné têm teor de vitamina C de 8 mg para cada 100 g de polpa, enquanto que as frutas verdes, 15 dias antes de sua maturação chegam a ter 20 mg de vitamina C.

Aprenda a cultivar

As variedades de abacaxi mais cultivadas comercialmente são a pérola ou pernambuco, que tem forma cônica, polpa amarelo-clara, folhas com espinho, sendo mais doce, a smooth cayenne, que tem forma cilíndrica, folhas quase sem espinhos, polpa amarela, mais ácida, com peso médio de 2 quilos. Há também variedades sem espinhos na coroa, como a perolera, originária da Venezuela e da Colômbia, muito resistente a uma praga chamada fulariose (infecção por fungo que estraga o fruto), e a variedade BGA-6, muito doce, produzida pela Embrapa em Cruz das Almas, Bahia.
Pode ser cultivado a partir da coroa do fruto, ou a partir de mudas que surgem na base da planta.
Os cabos que a unem à base têm de ter mais de 20 centímetros para serem cortados. Deve ser plantado na terra, no jardim ou no pomar, em local bem ensolarado. Precisa de solo rico e adubo orgânico. Reage bem à pulverização foliar.
Floresce quando você quiser.
A planta demora dois anos para ficar adulta, se a muda for retirada da base do caule (escolher a mais vigorosa e com raiz). Se a muda for retirada da coroa do fruto, a planta demora três anos para produzir. Depois que estiver adulta, é possível induzir seu florescimento calculando para que o amadurecimento do fruto aconteça na época seca do ano. Cinco meses antes da época seca, você deve jogar, no fim da tarde, no olho da bromélia adulta, meio litro de uma solução muito diluída de carbureto de cálcio em água (use uma pedra do tamanho de uma bola de bilhar para um tambor de 20 litros de água e tampe, deixando dissolver bem). A planta florescerá em pouco mais de um mês e os frutos estarão maduros cinco ou seis meses depois dessa indução.
O carbureto de cálcio diluído deve ser colocado no centro da roseta do pé do abacaxi no fim da tarde porque os poros das folhas dessa planta só se abrem à noite, permitindo a absorção de substâncias. Se for colocado durante o dia, o carbureto não faz efeito.
A frutificação em época seca traz a vantagem de os frutos não se contaminarem com fungos (fulariose), que proliferam com as chuvas. Lavouras comerciais usam um produto químico chamado Ethrel, que é pulverizado sobre a planta toda.

Atenção, praticantes de musculação: o abacaxi tem todos os aminoácidos!
 

As enzimas do abacaxi são constituídas em parte por aminoácidos. Aliás o abacaxi é uma das frutas mais ricas em aminoácidos que se pode encontrar. É uma verdadeira farmácia. E os praticantes de musculação conhecem a importância dos aminoácidos, pois qualquer professor de academia explica que são eles que ajudam a formar massa muscular.
Aminoácidos são moléculas de carbono que entram na composição das proteínas, as estruturas principais de todas as nossas células, dos neurônios do sistema nervoso até as unhas e cabelos. Muitos aminoácidos são sintetizados pelo nosso próprio corpo e por isso são chamados de não-essenciais, isto é, não é preciso buscá-los nos alimentos, embora os alimentos possam dar uma ajuda: alanina, asparagina, cisteína, glicina, glutamina, histidina, prolina, tirosina, ácido aspártico e ácido glutâmico. Outros, entretanto, precisam ser ingeridos nos alimentos e por isso são chamados de essenciais: arginina, fenilalanina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, serina, treonina, triptofano e valina.
E agora vamos ao abacaxi, que fornece uma lista de aminoácidos de tirar o chapéu: asparagina, glutamina, serina, histidina, glicina, treosina, alanina, arginina, tirosina, cisteína, valina, metionina, triptofano, feninalanina, isoleucina, leucina, lisina e prolina.
Só a sisteína presente no abacaxi, por exemplo, tem ação anti-radicais livres e protege o sangue, o fígado e os rins das toxinas ambientais, alem de neutralizar metais tóxicos, como chumbo, mercúrio e cádmio, absorvidos pela poluição. Você deve ter visto os nomes de algumas dessas substâncias em remédios de farmácia, pois os aminoácidos têm muitos usos nessa indústria. Mas os do abacaxi estão bem dosados para nosso consumo diário e sabemos que a planta os produz melhor que os laboratórios.