Primeiramente, devemos sempre ter em mente de que gorduras
não precisam sempre ser frituras! A fritura é uma das preparações que
podem ser feitas com alguns tipos de gordura. Precisamos de gordura para
sobreviver, mas não precisamos de fritura para sobreviver! A fritura é o
superaquecimento de algum tipo de gordura animal (banha de porco) ou de
gordura vegetal (óleos vegetais), sendo que atualmente, com o objetivo
de melhorar a saúde e qualidade de vida, a fritura com óleos vegetais é a
mais utilizada.
A fritura, mesmo sendo
realizada com óleos vegetais de boa qualidade, os transforma em uma
gordura com uma qualidade nutricional que deve ser eliminado da
alimentação. Não se deve considerar apenas o óleo utilizado, mas também o
tempo que o alimento fica em imersão, o tempo que o óleo está sendo
aquecido, a temperatura que o óleo se encontra, se é ou não a primeira
fritura, etc. De uma forma geral, quando se for realizar algum tipo de
fritura, esporadicamente, deve-se utilizar um óleo vegetal e aquecer o
menor tempo possível e aquecer o mínimo possível, pois quanto maior o
tempo e maior a temperatura, mais alterações o óleo original sofre. E
nunca se deve reutilizar o óleo da fritura na alimentação.
A
fritura faz com que ocorram alterações químicas no óleo utilizado,
deixando de ser uma fonte de gordura insaturada (no caso dos óleos
vegetais), fundamental para nossa saúde,
dando lugar a uma gordura chamada de gordura saturada, que em excesso
pode causar diversas doenças. A fritura pode também promover a formação
da gordura trans, que é uma gordura que está diretamente relacionada com
o aumento de doenças cardiovasculares e com a piora do quadro de saúde
de uma maneira geral. Além disso, a fritura pode promover a formação de
uma substância chamada acroleína, que é altamente cancerígena.
Os
estudos indicam que os principais problemas de saúde relacionados com
estes tipos de gorduras encontradas na fritura, quando consumidos em
excesso, são: doenças cardiovasculares, aumento da pressão arterial,
desenvolvimento de câncer, redução do crescimento, má absorção de
nutrientes, diminuição da fertilidade, entre outras.
Além
disso, a fritura torna o alimento consumido com uma característica
inflamatória, isto pode como conseqüência estimular o acumulo de gordura
abdominal e também pode levar a um estado resistência à insulina que
pode trazer sintomas como cansaço, mal estar, falta de energia, dores de
cabeça, etc.
Vale lembrar que o excesso de
gorduras saturados e trans é facilmente alcançado pela alimentação
habitual, já que temos outras fontes alimentares dessas gorduras que são
consumidos diariamente pela maioria da população, como carnes, leites,
queijos, bolachas, biscoitos, produtos industrializados, sorvetes, etc.
Ou seja, sem perceber consumimos muito mais do que deveríamos deste tipo
de gordura.
Desta forma, as frituras devem
ser consumidas esporadicamente, e a substituição destes tipos de
gorduras por opções mais saudáveis deve ser realizada diariamente,
associado a adoção de outros hábitos alimentares saudáveis, para
garantir prevenção de doenças e a otimização da saúde. Sendo assim, as
preparações fritas devem ser substituídas por preparações grelhadas,
cozidas, ensopadas e assadas.
Além disso, não
devemos nos esquecer de ingerir diariamente alimentos que são fontes de
gorduras de boa qualidade. Dentre eles, destacam-se os peixes e as
oleaginosas, que são ricos em gorduras monoinsaturadas, como o ômega-3,
que está associado com diversos benefícios ao organismo, como a redução
da inflamação, a redução do colesterol do sangue, e o melhor
desenvolvimento do cérebro.
O Consumo de frituras
Sabe-se
que o óleo quente, em ebulição, altera as características químicas e
orgânicas no alimento que é mergulhado nele. Na dieta moderna, a
concentração calórica de alimentos encharcados em óleo tiram o lugar das
hortaliças, frutas e cereais in natura. Enquanto o óleo borbulha na
frigideira, ele sofre mudanças químicas que o transformam em bomba
dietética.
Os triglicerídios, importantes
constituintes de óleos e gorduras, são desmembrados pelo calor em
glicerol e ácidos graxos. O glicerol continua sofrendo a ação do calor,
provocando a desidratação da molécula. Este processo de perda de água
forma uma substância chamada acroleína, que é potencialmente
cancerígena. A acroleína destrói as fibras elásticas, e irrita as
mucosas gastrintestinal e nasal.
Entre as
maiores vítimas da acroleína, estão as artérias. As fibras elásticas,
que conferem firmeza, elasticidade e higidez à parede arterial, são
destruídas sistematicamente.
O resultado é a
degeneração e envelhecimento precoce. Esta questão deveria merecer toda a
atenção das pessoas, pois as artérias são o conduto da vida. Elas atuam
como segundo coração, impulsionam o sangue por meio da elasticidade que
as caracteriza. Porém, a destruição das fibras elásticas diminui, pouco
a pouco, esta capacidade.
Quando o
funcionamento delas é comprometido, todo o organismo sofre as
conseqüências. O fornecimento inadequado de sangue favorece a
degeneração orgânica, diminui a vitalidade e reduz o tempo de vida.
Além
de danificar as artérias, a acroleína acelera o enrugamento e
envelhecimento da pele. Não há dúvida de que, sem fritura, a vida é mais
agradável. Pessoas que aspiram conservar a pele jovem por mais tempo
devem recusar frituras. O óleo reutilizado, que é aquecido
sucessivamente, tem efeito mais danoso sobre o organismo. A formação de
acroleína e a decomposição da gordura ocorrem de forma mais acentuada.
Está
comprovado que o consumo de gordura, carne vermelha e laticínios tem
relação direta com a incidência de câncer de próstata, intestino e mama.
Nos Estados Unidos, país conhecido como a “terra da gordura”, a cada
quatorze minutos o câncer de próstata faz uma vítima. A concentração de
gordura dos alimentos acelera o aparecimento de tumores.
Carnes
vermelhas, leites e derivados ativam a produção do hormônio
testosterona que, em excesso, intensifica o desenvolvimento das células
prostáticas, aumentando consideravelmente o risco de câncer.
Entre
as mulheres, de cada dez diagnósticos de câncer de mama, nove ocorrem
em pessoas com hábitos insalubres. Dieta rica em gordura, excesso de
peso e vida sedentária são apontados como as principais causas de
enfermidades hormonais femininas.
Pesquisa mostra que brasileiros comem mal
A
maioria da população brasileira, em que 63,1% das pessoas estão acima
do peso. Entre julho e setembro de 2007 foram entrevistadas, em suas
casas, 2.179 pessoas de
todas as classe sociais nas cinco regiões do país.
todas as classe sociais nas cinco regiões do país.
Os
resultados mostram que os brasileiros não se alimentam de forma
saudável. Comem frituras demais e dispensam grelhados e verduras. Fazem
as refeições diante da televisão. Gostam de ir a lanchonetes de fast
food. Ingerem os alimentos com pressa. E, quando podem, "beliscam" algum
lanche fora de hora.
Diante dos maus hábitos
alimentares, a pesquisa apontou que 63,1% dos brasileiros estão acima do
peso. As estatísticas são alarmantes: vivem no país cerca de 117
milhões de pessoas com sobrepeso ou obesidade.
As
conseqüências dos erros na hora de comer são as chamadas doenças
crônicas não-transmissíveis, como a hipertensão, o diabetes e os males
do coração, que podem levar à
morte se não forem tratadas.
morte se não forem tratadas.
43% fazem as refeições diante da televisão
Pessoa
que se alimenta enquanto assiste à TV não presta atenção, consome mais
comida do que precisa e pode não mastigar direito. Um dos piores hábitos
dos brasileiros é fazer as refeições diante da televisão.
A
pessoa que assiste à televisão não presta a devida atenção ao que leva à
boca. Não é raro consumir mais alimentos do que o necessário, por
simplesmente não ter se dado conta de que já passou do limite. Também há
o risco de, atenta à novela ou ao noticiário, a pessoa não mastigar a
comida de maneira adequada.
Comida rápida
Uma
parte considerável dos entrevistados, 21%, come com pressa. É outro
erro grave. O café da manhã do brasileiro dura em média 12 minutos. O
almoço, 22 minutos. E o jantar, 23. Somadas, as três refeições não
chegam a uma hora.
É preciso mastigar bem a
comida, com calma, porque a digestão começa pela boca. Os alimentos que
são engolidos com pressa, sem a devida ação dos dentes e da saliva,
acabam obrecarregando o estômago. Com o tempo, quem come rápido demais
pode sofrer os incômodos de um refluxo e de uma gastrite.
Freqüencia nos restaurantes Fast Food
Somando todas as classes sociais no Brasil, 14% das pessoas têm o hábito de fazer refeições rápidas nesse tipo de restaurante.
Os
restaurantes de fast food têm, quase sempre, cardápios baseados em
frituras, como batatas fritas e hambúrgueres. Nutricionistas dizem que
não há problema em consumir esse tipo de alimento, desde que seja
esporadicamente.
Para não comprometer a saúde,
os médicos dizem que a ingestão diária desse tipo de gordura não pode
superar 1% da dieta. Uma das recomendações dos nutricionistas é que
sejam feitos lanches leves entre as três principais refeições do dia.
Fritura é base do prato de 50% dos brasileiros
Impacto
da ingestão de frituras na saúde das pessoas abrange obesidade e
doenças cardiovasculares, dentre outros problemas. Em cada dois
brasileiros, um diz que as frituras fazem parte de seu cardápio básico.
Os alimentos crus são consumidos no dia-a-dia por pouco menos de metade
da população.
A pesquisa mostrou que a forma
mais usada para preparar os alimentos é o cozimento (81% das pessoas), o
que não quer dizer necessariamente comida saudável.
Doenças provocadas pela gordura excessiva
A
gordura das frituras é sentida na saúde, basicamente, de duas maneiras.
Em primeiro lugar, leva à obesidade. E o excesso de peso pode se
desdobrar numa longa lista de doenças, todas graves, como pressão alta,
diabetes, apnéia noturna (parada respiratória durante o sono) e câncer
(principalmente o de mama e o de útero).
Outros
problemas são menos lembrados, como os ortopédicos (em decorrência do
peso sobre os ossos) e os dermatológicos (as dobras na pele facilitam o
surgimento de feridas e a proliferação de fungos e bactérias), além dos
psicológicos.
O segundo grande impacto das
frituras na saúde, que pode ou não vir acompanhado da obesidade, são as
doenças cardiovasculares. As gorduras saturadas aumentam o colesterol
ruim e diminuem o bom. Como conseqüência, placas de gordura se acumulam
nas paredes das artérias e impedem a passagem do sangue. Se a obstrução
não permite que o sangue irrigue parte do coração, a pessoa pode sofrer
um infarto. Se o sangue não chega a parte do cérebro, pode sofrer um
derrame.
Para ter alimentação saudável, bastam mudanças sutis
Cortar
certos tipos de comida da dieta é coisa ultrapassada. Segundo
nutricionistas, é possível manter a saúde comendo de tudo, incluindo
frituras e doces, desde que com parcimônia. É também importante ter um
prato variado, para garantir que todos os nutrientes e vitaminas sejam
consumidos.
Não se deve pular as refeições nem
os lanches entre elas. Quem almoça e fica sem comer até o jantar vai
estar com muita fome e ingerir comida demais quando finalmente sentar-se
à mesa à noite. Além disso, quando o organismo fica muito tempo sem
comida, entende que a pessoa continuará em jejum e converte os alimentos
ingeridos em reserva de gordura.
O consumo de
carboidratos (como macarrão, pão, pizza e biscoito), que fornecem
energia, deve ser evitado quando a pessoa estiver reduzindo as
atividades, no fim do dia. Se o corpo está em repouso, o carboidrato não
se converte em energia e é armazenado no corpo.
Não
é preciso gastar mais dinheiro para ter alimentação saudável. Mastigar
com calma, trocar a carne frita pela grelhada, reduzir sal e açúcar e
comer fruta, verdura e legume são atitudes que fazem diferença. Não se
pode esquecer a atividade física.
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